
Muitas vezes, é preciso puxar pela cabeça para tirar o sumo às situações. Esta não é uma dessas ocasiões. Ainda estava a acontecer e ja pensava em escrever sobre ela.
Ando atrasado com o trabalho da faculdade. Decidi, porque a BNF esta fechada ( sem que avisassem, para que a visite gente importante sem estudantes parvos a chatear) ir até à Biblioteca Publica de Informação, no Centro Georges Pompidou. Entre Chatelêt e Saint-Paul, ofrece a possibilidade de consultar livros, dicionarios, mas também microfilmes, discos e até DVDs com métodos de linguas estrangeiras. Tem também uma secção com televisores onde passam emissões em distintas linguas.
O mais interessante é que se trata de um espaço nada elitista. Acessivel a todos. Para todos. Assim, imbuido de um espirito de la culture pour tous, la fui procurar documentos. O problema é que, como todos queremos la ir, encontramo-nos todos la dentro. Tentei hoje fotocopiar uns microfilmes para a mini-tese. Começo por tentar encontrar a sala das fotocopias, depois de ter conseguido os microfilmes ( reconheço que esta parte até nem foi dificil).
Ali, consegue ver? Naquela parede que diz PHOTOCOPIES.
Esta escrito com letras de dois metros cada uma. De facto, a letras são tão grandes que nem se da por elas, do tamanho de dois portugueses um em cima do outro. Depois de sorrir amareladamente para a senhora do accueil com vergonha por não ter vistro o megaletreiro, dirijo-me para a zona das fotocopias de microfilmes.
Povoada por dois seres absolutamente fascinantes, acabou por constituir um optimo fim de tarde. O primeiro deles, mais ou menos nos seus 25 anos, camisolão negro a cair pelos bolsos, loiro, cheinho e muito avido de explicações a quem necessitasse.
Ando atrasado com o trabalho da faculdade. Decidi, porque a BNF esta fechada ( sem que avisassem, para que a visite gente importante sem estudantes parvos a chatear) ir até à Biblioteca Publica de Informação, no Centro Georges Pompidou. Entre Chatelêt e Saint-Paul, ofrece a possibilidade de consultar livros, dicionarios, mas também microfilmes, discos e até DVDs com métodos de linguas estrangeiras. Tem também uma secção com televisores onde passam emissões em distintas linguas.
O mais interessante é que se trata de um espaço nada elitista. Acessivel a todos. Para todos. Assim, imbuido de um espirito de la culture pour tous, la fui procurar documentos. O problema é que, como todos queremos la ir, encontramo-nos todos la dentro. Tentei hoje fotocopiar uns microfilmes para a mini-tese. Começo por tentar encontrar a sala das fotocopias, depois de ter conseguido os microfilmes ( reconheço que esta parte até nem foi dificil).
Ali, consegue ver? Naquela parede que diz PHOTOCOPIES.
Esta escrito com letras de dois metros cada uma. De facto, a letras são tão grandes que nem se da por elas, do tamanho de dois portugueses um em cima do outro. Depois de sorrir amareladamente para a senhora do accueil com vergonha por não ter vistro o megaletreiro, dirijo-me para a zona das fotocopias de microfilmes.
Povoada por dois seres absolutamente fascinantes, acabou por constituir um optimo fim de tarde. O primeiro deles, mais ou menos nos seus 25 anos, camisolão negro a cair pelos bolsos, loiro, cheinho e muito avido de explicações a quem necessitasse.
So ha dois processadores de microfilme, sabe?
E o pior é que como muita gente aqui vem, ha sempre um tempo de espera consideravel. Explicou-me aquilo com uma cara de felicidade que até agora não consigo entender. Como se fizesse parte de uma espécie de clube a partir do momento em que cruzei aquela porta de vidro com um autocolante enrugado a dizer MICROFILMS. Mais ou menos como um “clube da sabedoria”, criado pelo professor de Religião no oitavo ano e no qual ninguém queria participar. O trauma segundo foi o preço das fotocopias. Volta o sorriso à cara deste Ser. São 46 centimos cada, sabe?
Quando desfaleci, ele sentiu outro momento de prazer ( tenho a certeza, sabem?) Explicou-me, com toda a educação do mundo, que não era ele quem establecia as tarifas. Arremelgava os olhos compulsivamente e isso fazia com que me esquecesse do piercing verde alface que tinha num dos labios.
Foi nesse momento que apareceu Bob. Era simpatico e sorridente. Fisicamente, era como uma projeção do nosso primeiro amigo ( nunca lhe soube o nome). So que maior, mais alto e mais cheinho. Também loiro e com um aspecto de Boer explorador. Falava um francês com um sotaque californiano tão forte que, sem querer; começava a responder-lhe em inglês. Explicou-me que a culpa daquilo tudo era do French State.
Foi nesse momento que apareceu Bob. Era simpatico e sorridente. Fisicamente, era como uma projeção do nosso primeiro amigo ( nunca lhe soube o nome). So que maior, mais alto e mais cheinho. Também loiro e com um aspecto de Boer explorador. Falava um francês com um sotaque californiano tão forte que, sem querer; começava a responder-lhe em inglês. Explicou-me que a culpa daquilo tudo era do French State.

E eu disse: Ai sim? Achei que seria de bom tom manter-me deslumbrado com semelhantes explicações. Quando finalmente tomei fôlego para começar a fotocopiar os documentos, reparado do choque do preço e das técnicas, reparei que Bob era também um homem cheio de sentido de humor: por tras da sua cadeira de chefe da sala das fotocopias estava um cartaz feito à mão em francês que dizia: A partir de 50 fotocopias, oferecemos uma tigela de sopa! Não, era mentira!! Engraçadissimo. Especialmente depois de fazer as contas.
A verdade é que são os dois muito simpaticos, pois tenho ido à biblioteca todos os dias e deixam-me sempre estar mais tempo do que o indicado no regulamento. Ainda assim, custou-me a acreditar quando vi a Sopa de Bob.
No Hexagono.
2 commentaires:
Sopas de papel...engraçado.
Depois de gastares o dinheiro do jantar em fotocópias, acho mais do que justo que ofereçam um pratinho de sopa...
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