
O livro com o titulo Jihad do professor e investigador Gilles Keppel aborda a questão dos integrismos musulmanos, a sua génese, desenvolvimento e modus operandi, no momento em que o chamado "choque de civilizações" ocupa um lugar permanente na agenda internacional. O politologo do Instituto de Estudos Politicos de Paris actualiza a obra em causa ( na edição por nos lida ) integrando uma analise acerca dos atentados do 11 de setembro e inscrevendo-os numa logica de reação do mundo musulmano às transfirmações sociais e politicas ocorridas desde o fim do Império Otomano até aos movimentos panarabistas que lutaram pela independência. Ter-se-a constituido, segundo o autor, um conjunto de Estados onde as desigualdades sociais não teriam sido resolvidas ou sequer atenuadas apos a ascenção à independência. Dominariam modelos caracterizados por uma dificil mobilidade social dos individuos, por acelerados movimentos de urbanização e por um sentimento de anomia genralizada por parte de algumas das elites. A modernidade não responde, neste sentido às necessidades de bem estar do conjutno do mundo arabe e musulmano. Criados viveiros de desenvolvimento para os movimentos fundamentalistas, o milionario e estudante e outrora amigo dos governos norte-americanos Ossama Ben Laden, assume o papel messiânico da promessa do eterno retorno, ao momento da revelação. Ao lutar pela conversão do Mundo ao Islão, os fieis deveriam, segundo a logica deste tipo de movimentos, favorecer o establecimento dz Shari'a ( a lei islâmica ), como acontece na Arabia Saudita ou no Afeganistão dos Taliban. Abandonados à sua sorte apos terem sido uteis na luta contra a ameaça comunista, os fenomenos de integrismo musulmano surgem um pouco por todo o crescente, nomeadamente em paises como o Paquistão, o Sudão ( relação com o problema de Darfur ), a Malasia ou a Indonésia. Os paises arabes, tal como os conhecesmos, não representam de maneira alguma a maioria do do chamado mundo musulmano. As madrassas deobandis, os movimentos malaios ou sudaneses, o sul da Tailândia ou a Argélia representam um mosaico social e cultural que partilham elementos comuns. A religião ( dominante ou minoritaria ) islâmica, uma ascenção à independencia apos largos periodos de dominio colonial e a existência de uma população que vê dificultado o acesso aos beneficios da economia mundial. Um livro a ler!
No Hexagono.
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